Enquanto o processo licita-tório da BR-153, do trecho entre Imbituva e Paulo Frontin, não é finalizado, o mato e os buracos voltam para a rodovia e suas margens. O início do processo legal para contratar a empresa, que execute os serviços de manutenção e conservação da estrada, teve início em outubro do ano passado. Atualmente, ainda está na fase de análises de cadernos de preços das empresas que participaram.

No final do ano passado, mesmo sem ser de sua competência, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) realizou uma operação para tapar buracos do trecho, que estava praticamente intransitável. Hoje, quem passa pela rodovia vê placas encobertas pelo mato, buracos se abrindo novamente e falta de sinalização.

Segundo Marco Bianchi, responsável pelo Núcleo de Comunicação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a previsão de término da licitação é em março. Questionado sobre a possibilidade de corte do mato e outros serviços necessários e provisórios na rodovia, ele afirmou que o órgão não possui mão de obra disponível para realizar os trabalhos.

Os envelopes com os documentos e propostas foram abertos no último dia 13 de janeiro pela comissão de licitação. O resultado será publicado no Diário Oficial da União e o prazo para as empresas recorrerem será de cinco dias. De acordo com o edital 0369/2011-09, a empresa que apresentou o menor preço foi a Construtora Pasivan Ltda, com o valor de R$ 6.208.147,91, mas a documentação ainda está em processo de avaliação.

A BR-153 foi alvo de muitas críticas e até protestos. O seu mau estado de conservação já trouxe diversos transtornos e prejuízos para os seus usuários. Com extensão de 113,2 quilômetros, o trecho deverá receber intervenções no pavimento para eliminação dos buracos, roçada da vegetação junto à pista e reparos na sinalização.

O DNIT por sua vez, vem sendo alvo de reportagens na imprensa estadual pela sua falta de eficiência. Em trecho de uma matéria do jornal Gazeta do Povo, o vice-chefe do DNIT, o auditor Tarcísio Gomes de Freitas, da Controladoria-Geral da União, se diz à frente de uma autarquia falida.

O auditor concluiu em dezembro um estudo que evidencia a impossibilidade de atingir as metas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de transportes. "As deficiências estruturais empacam obras e favorecem desvios. Falta quem fiscalize a execução de contratos ou pague, com a devida rapidez, os serviços prestados por empreiteiras", cita a reportagem.

No caso da BR-153, Bianchi, afirma que a demora pela finalização da licitação é pela existência de muitos processos similares em andamento.

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