Uma gota de sangue é o suficiente para saber se o paciente está infectado. Teste é totalmente gratuito e fica pronto em 10 minutos
Rodrigo Zub - Rádio Najuá
Trinta anos já se passaram desde o primeiro caso registrado de AIDS no País. Durante esse período, a medicina evoluiu assim como as formas de tratamento da doença. Segundo especialistas identificar precocemente à doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso, o Ministério da Saúde já disponibiliza de forma totalmente gratuita através da rede pública o teste rápido que identifica se a pessoa está infectada. Para verificar como o sistema funciona, a equipe da Najuá procurou a secretaria de Saúde de Irati, a fim de realizar o exame.
A enfermeira responsável pelo setor de Vigilância Epidemiológica, Andréia Fernanda da Silva conta que o exame é feito desde 2008, em Irati. Andréia esclarece que o teste rápido serve apenas para identificar casos de HIV e não de outras doenças sexualmente transmissíveis. “Muitas pessoas fazem o exame “achando” que podem descobrir casos de sífilis, gonorréia, entre outras doenças”, comenta.
Segundo ela, o processo tem início através de uma conversa com o paciente. Durante o bate papo é realizada uma espécie de triagem para saber se a pessoa usa drogas injetáveis, se possui mais de um parceiro sexual, ou ainda se teve algum comportamento de risco nos últimos meses. Além disso, o paciente recebe noções quanto às formas prevenção e transmissão da doença.
Quanto ao exame, basta apenas uma gota de sangue, tirada de um dedo do paciente para saber se a pessoa está infectada. O resultado fica pronto em torno de 10 minutos. Caso o resultado seja positivo, a pessoa recebe o atendimento de um profissional preparado para dar suporte psicológico e indicar as formas de tratamento disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Há alguns anos, receber o diagnóstico de Aids era praticamente uma sentença de morte. Realidade bem diferente de hoje em dia, quando os tratamentos medicamentosos garantem a qualidade de vida às pessoas.
“É importante que todos saibam sua condição. Muitas pessoas têm medo de saber. Porque hoje, a pessoa hoje vive muito bem. É uma doença crônica que ainda não tem cura, mas tem tratamento. A estimativa de vida de uma pessoa com HIV é igual de uma pessoa que vive sem HIV. Por isso, é importante que a pessoa venha até nós fazer o teste”, ressalta Andréia.
Para fazer o teste basta comparecer as unidades de saúde com um documento de identificação com foto.