A saúde é um direito de todos e um dever do Estado, diz a constituição brasileira, em seu artigo 1906. No entanto, a realidade é bem diferente em muitos hospitais de todo o País. Em alguns faltam médicos, em outros as filas são tão grandes que impossibilitam o atendimento. Por isso, a Campanha da Fraternidade pretende chamar a atenção dos governantes para que eles analisem a situação da saúde pública do País, conforme explicou à equipe da Najuá, o Pároco da Paróquia São Miguel de Irati, SérgioTychanowicz.
“A igreja quer chamar a atenção da sociedade para o drama de quem não tem atendimento médico ou acesso a remédios. A gente vê que várias pessoas ficam horas e horas em hospitais e macas esperando uma vaga. Diante desse problema a igreja quer envolver a comunidade católica para que se envolva na discussão a fim de dar sugestões e melhorar o atendimento dos profissionais de saúde”, avalia.
A meta da CNBB é atingir seis objetos específicos durante a Campanha da Fraternidade 2012. Segundo Tychanowicz, o principal deles é alertar para a importância da organização da pastoral da Saúde nas comunidades, ou seja, criar onde não existe e fortalecer onde o projeto está funcionando.
Despertar na população hábitos de vida saudáveis é outro lema da Campanha que pretende debater outros assuntos bastante polêmicos como a redução da mortalidade infantil, melhoria da saúde materna e combate a epidemias e doenças.
Vale destacar que a igreja católica já está a 49 anos promovendo a Campanha da Fraternidade sempre com o objetivo de enfocar um tema de interesse coletivo para toda a sociedade brasileira.
Quaresma
Para os católicos a quaresma é um período de reflexão, penitência e renovação espiritual em forma de preparação para a Páscoa.
Conscientizar à população e construir um mundo mais solidário e fraterno são alguns dos desafios da igreja católica durante o período que antecede à celebração da morte e ressurreição de Cristo.
De acordo com o Tychanowicz, a Quaresma é uma época que as pessoas devem colocar a mão na consciência para refletir sobre seus atos e atitudes diante da sociedade. “Que nós possamos buscar na palavra de Deus, a luz para descobrir nossos defeitos, limitações e a reconciliação com nossos irmãos. Por isso, devemos nos afastar das festas e bailes durante este período para refletir e servir melhor a Deus neste mundo”, reflete o Pároco.
Segundo ele, somente desta forma será possível construir uma sociedade mais aberta ao diálogo e a reflexão sobre problemas sociais que atingem o dia a dia da população brasileira e mundial, consequentemente. “É um período para que as pessoas descubram as doenças que estão no íntimo de cada um, seja ela a falta de amor, perdão, reconciliação ou união”, comenta Tychanowicz.
de: Rodrigo Zub
